https://valor.globo.com/patrocinado/embratel – 03/11/2022.
Por Embratel.
Empresas precisam de tecnologias personalizadas para competir pela atenção do cliente, que poderá levar seus dados para quem aliar melhores taxas a serviços mais eficientes.
No novo sistema financeiro, o consumidor é quem manda.
O sistema financeiro brasileiro vive uma grande transformação. E não apenas pelas tecnologias, que permitem substituir agências inteiras por aplicativos. Um novo ecossistema, baseado no open banking, no open finance e no open insurance, vem sendo construído e implementado a passos largos.
Não é por acaso que as três siglas têm o termo “open” em comum. Afinal, o novo mercado é centrado no cliente, que passa a ser o detentor de suas próprias informações, e pode compartilhá-las com quem bem entender. Com a abertura do mercado, que vê centenas de fintechs e startups apresentando soluções inovadoras, o consumidor pode agora distribuir sua vida financeira por diferentes empresas, contratando seguro de vida, conta corrente, empréstimos e investimentos a quem oferecer as melhores condições.
“O sistema financeiro aberto é um espaço, ou uma plataforma, que funciona sob a supervisão do Banco Central, possibilitando que os usuários compartilhem seus dados financeiros pessoais com bancos e outras instituições, para receberem melhores ofertas de serviços e de produtos financeiros”, explica Mariana Chaimovich, legal advisor do Instituto de Estudos Estratégicos de Tecnologia e Ciclo de Numerário (ITCN).
“O open banking padroniza a forma como os clientes têm esse dado e, consequentemente, regulamenta os processos de como um banco se comunica com outro para a troca de informações”, descreve Thiago Saldanha, CTO da Sinqia, que atua com softwares para o mercado financeiro.
Thiago dá um exemplo hipotético: “Um banco está lançando um produto novo de empréstimo e passa a oferecê-lo no mercado. Quando o cliente se interessa, tem a opção de adquiri-lo com uma taxa padrão. Se o banco tem a possibilidade de pedir para o cliente seu histórico em uma outra instituição, é possível que as condições do produto para esse cliente sejam melhoradas.”
Em outras palavras, para as empresas, essa mudança permite desenvolver produtos e serviços mais competitivos e personalizados. Isso porque agora elas poderão ter acesso aos dados do consumidor, que antes eram mantidos pela instituição bancária da qual ele era clientes. Lembrando que o compartilhamento é autorizado exclusivamente pelo cliente e pode ser cancelado a qualquer momento.
“O poder de autorizar, com poucos cliques, o compartilhamento de dados específicos, por um tempo específico, vai levar naturalmente a uma competição saudável. Os custos tendem a baixar, a qualidade dos serviços tende a aumentar”, prevê Boanerges Ramos Freire, presidente da Boanerges & Cia, consultoria em varejo financeiro. “Também surgirão novos serviços. Mas os consumidores passarão por um processo, a fim de aprender a utilizar esse novo poder.”
MIGRAÇÃO PARA A NUVEM
Nesse contexto, as empresas do setor aceleram os investimentos na consolidação do arcabouço tecnológico que permita atender ao novo cenário das finanças abertas.
“O setor financeiro, que no Brasil sempre toma a dianteira na adoção de novas tecnologias, está passando por uma grande ebulição”, avalia Antonio João Filho, diretor executivo da Embratel para o Mercado Financeiro. “As finthechs atendem nichos que as empresas maiores não atendem, mas por outro lado, temos grandes bancos investindo em migrar grande parte de seu core bancário para a nuvem”.
Para Eduardo Gouveia, ex-CEO da Cielo e presidente do conselho da Mafpre, essa mudança está apenas começando. “Nós vimos as empresas saindo de um modelo monopolista para um modelo mais aberto, em que as dimensões física, digital e social convergem. Agora, o poder muda de lado. O cliente passa a controlar seus dados e isso muda toda a relação com as empresas.”
A Embratel atende a cerca de 900 instituições financeiras e oferece serviços de segurança para viabilizar as operações no ambiente aberto. “Até pouco tempo atrás, a preocupação das instituições financeiras em relação à segurança estava centrada nas agências físicas. Agora, o principal foco é garantir o transporte seguro dos dados”, afirma Antonio João.
O atendimento ominicanal é outra demanda. “Há no setor uma corrida pelo atendimento integrado em diferentes plataformas, físicas e online”, diz o diretor executivo. Permeando todas essas ações, há uma transição para a infraestrutura baseada em nuvem. “A jornada para o cloud é fundamental, e a Embratel pode contribuir com esse processo”.