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Os motivos são variados, mas os benefícios de se contar com um sistema de gestão quase sempre são os mesmos.
Implementar um sistema de gestão empresarial é algo que exige tempo, dinheiro e envolve uma série de riscos durante o processo. Por isso, o gestor da empresa deve ter muito claro os motivos que levam à tomada de decisão.Geralmente, quando decide investir em um ERP, ele está procurando melhorias, mas quais? Nós sabemos que as empresas vivem estágios diferentes de evolução, que variam de acordo com sua história, seu segmento de atuação, seu ecossistema etc. Dependendo do estágio, ele traz diferentes motivos que levam a empresa a investir. Em alguns casos, ele até as obriga a isso. De todo modo, os principais motivos são:
- A empresa cresceu para além da capacidade de controle que o gestor tem. A partir desse ponto, ele precisa da ajuda de um sistema estruturado. Logicamente este limite varia de gestor para gestor: alguns precisam de um sistema quase imediatamente, outros não. Mas em algum momento todos precisarão.
- Outro motivo forte são as obrigações fiscais brasileiras, complexas demais para serem gerenciadas e controladas sem a ajuda da tecnologia. Aqui as opções variam: o gestor pode optar por um sistema que apenas cumpra o que é necessário, ou por outros mais completos que permitam desde o planejamento tributário até a antecipação do que está por vir, trazendo economia baseada em boas práticas de gestão tributária.
- A inovação também é uma alavanca. Muitas vezes a empresa está em um patamar satisfatório, mas precisa dar um salto que não é mais possível somente com investimentos na ampliação da produção e da mão-de-obra. Aqui entra a inovação tecnológica, que deve ser baseada em um sistema de gestão robusto.
Os motivos são variados, mas os benefícios de se contar com um sistema de gestão quase sempre são os mesmos:
- Quando uma empresa opta por um ERP, ela o faz por conta de alguns problemas específicos, como fluxo de caixa ou controle de custos. O grande benefício aqui é que uma implantação bem sucedida vai resolver não apenas estes problemas, mas outros que surgem a partir daqui. Na prática, a empresa passa a trabalhar em um patamar mais elevado de gestão.
- Do mesmo modo os usuários passam a trabalhar em outro nível de gestão, onde conseguem colocar estratégias de negócios cada vez mais sofisticadas em prática.
- A sofisticação abrange também a automação, a partir da qual o sistema substitui uma série de operações manuais, sujeitas a erros e retrabalhos, transformando-as em processos automatizados, minimizando erros e a necessidade de retrabalho. Com isso, a companhia coloca o foco e a energia da equipe naquilo que faz diferença para o negócio, e não naquilo que o sistema fará automaticamente.
Marco Antônio Salvo – Consultor nacional da Sankhya, fornecedora e desenvolvedora de soluções de gestão empresarial.
PONTO DE VISTA
Já estive a frente de diversos projetos de ERP. Como auditor já prestei serviços para algumas empresas que tiveram seus ERP´s parametrizados erroneamente convertendo saldos em valores infundados e como executivo financeiro estive a frente liderando seleção e implementação, inclusive, num ambiente global. É de encantar qualquer cliente, qualquer apresentação de qualquer ERP que enfatiza as inúmeras vantagens destes sistemas como:
- Reduzir custos;
- Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência);
- Otimizar o processo de tomada de decisão;
- Eliminar a redundância de atividades;
- Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado; e
- Outras
Propositalmente inúmeras desvantagens são ofuscadas e passam despercebidas pela maioria dos gestores que, obviamente, não detém toda expertise para identifica-las num primeiro momento e mitiga-las num processo complexo como este. Algumas destas desvantagens:
- A utilização exclusiva de um ERP não torna uma empresa verdadeiramente integrada;
- Uma implementação envolve altos custos de padronização que muitas vezes não comprovam uma boa relação custo/benefício;
- É gerada uma onerosa dependência do fornecedor da solução;
- A empresa se torna engessada pois os módulos são dependentes uns dos outros e cada departamento depende das informações do módulo anterior;
- Excesso de controle sobre as pessoas, o que aumenta a resistência à mudança gerando desmotivação por parte dos colaboradores; e
- Outras
Como a matéria destacou bem, é muito importante identificar e definir o momento ideal de se partir para uma implementação de um sistema de gestão ERP mas o sucesso de um projeto complexo como este depende de outros fatores que podem passar despercebidos neste momento inicial:
- Escolha do adequado sistema que melhor atenda ás necessidades operacionais de seu negócio;
- Adequada definição do escopo de toda implementação alinhada com suas necessidades;
- Tempestiva e constante discussão e acompanhamento de todo cronograma;
- Assertividade na negociação das propostas dos implementadores da solução;
- Adequado mapeamento e ajustes dos processos às necessidades de implantação;
- Determinação dos melhores desenhos e relatórios finais de informação dentro das necessidades dos departamentos;
- Engajamento de todos colaboradores e principalmente do corpo diretivo.
Frente a todas estas nuances um caso de sucesso começa com a existência de um profissional que auxilie na identificação do melhor software que se adapte ao seu negócio considerando orçamento, tempo de implementação, disponibilidade de colaboradores, e, obviamente, as suas reais necessidades de implementação. Já está aparecendo no mercado consultores imparciais com esta expertise que podem auxiliar estas empresas neste complexo momento. Cabe ao gestor escolher: Caminho sozinho ou bem acompanhado? Maiores informações: Assessoria em Sistemas de gestão.
Silvio Silva
Executivo Financeiro, Controller
Diretor de novos negócios na Consult Audi
Consultor de Gestão