Por Vinícius Pinheiro e Felipe Marques | De São Paulo – 18/06/2013 às 00h00
Uma plataforma eletrônica para conectar bancos e avaliadores de imóveis dados em garantia de financiamentos. Esse é o primeiro resultado da aguardada incursão da Cetip na prestação de serviços para o mercado de crédito imobiliário. A modalidade, que cresceu mais de oito vezes desde 2007 e encerrou abril com saldo de R$ 327 bilhões, de acordo com dados do Banco Central, lidera o crescimento do crédito brasileiro.
O lançamento do sistema, criado em parceria com a empresa de tecnologia americana FNC, ocorre nesta terça-feira. O Itaú Unibanco é o primeiro cliente a operar a plataforma, que inicialmente contemplará operações de financiamento a pessoas físicas.
O objetivo é facilitar o contato entre bancos e avaliadores, reduzindo o prazo de concessão do crédito. “Como o cliente costuma ter proposta em mais de um banco quando vai comprar um imóvel, a briga por tempo é muito importante”, afirma Roberto Dagnoni, vice-presidente da unidade de financiamentos da Cetip. A empresa espera reduzir pela metade o prazo da etapa de avaliação do imóvel, que hoje leva, em média, dez dias.
Na linha de produção do crédito imobiliário, o avaliador atua depois que o banco analisou o perfil do tomador e aprovou o empréstimo. Dado esse sinal verde, a instituição parte para a avaliação do imóvel dado como garantia, feita geralmente por profissionais terceirizados, autônomos ou de empresas especializadas. É nessa segunda fase que a Cetip atuará.
A avaliação da garantia é um ponto crítico no financiamento imobiliário. Primeiro, porque determina se o imóvel está dentro do limite de R$ 500 mil para que os bancos emprestem com recursos captados na poupança. Segundo, como o empréstimo é de longo prazo e de tíquete alto, flutuações no valor da garantia podem mudar o risco da operação. Se o imóvel valorizar, por exemplo, o crédito fica mais seguro.
A escolha da Cetip por atuar na fase de avaliação não foi casual. “Trata-se de uma etapa rica em dados, quando aproximadamente 300 campos de informação sobre o imóvel são preenchidos”, diz Mauro Negrete, diretor-executivo de operações e tecnologia da companhia. Como o processo de avaliação exige geralmente a comparação entre o imóvel avaliado e outros similares, a Cetip espera rapidamente criar um banco de dados de avaliações. Algo que poderia ser usado para corrigir erros de avaliadores e criar índices de preços.
Atualmente, embora exista uma padronização mínima, o procedimento de avaliação de imóveis varia muito de banco para banco. A comunicação entre instituições e avaliadores é feita de diversas formas, de e-mails a relatórios em papel, o que dificulta a recuperação dos documentos. Cada avaliação custa, em média, R$ 400, apurou o Valor com um banco.
A entrada da Cetip na área imobiliária é esperada desde a aquisição da GRV, empresa responsável pelo registro de restrições financeiras (gravames) de veículos financiados, no fim de 2010. Em outubro do ano passado, veio a parceria com a FNC, fornecedora de tecnologia para o setor imobiliário nos Estados Unidos. Lá, a FNC processa mensalmente cerca de 450 mil avaliações de crédito, o equivalente ao total de imóveis financiados em um ano no Brasil.
O projeto de atuação na área de financiamento imobiliário ganhou ainda mais apelo a partir da Resolução nº 4088 do Conselho Monetário Nacional (CMN), editada em maio, ainda sem regulamentação. A norma determina que todos os bancos serão obrigados a registrar os contratos de financiamentos de imóveis em um sistema autorizado pelo BC. A expectativa é que o cruzamento dos dados dos contratos de financiamentos e das avaliações permitam aos bancos obter, a qualquer momento, a relação entre o valor do crédito e do imóvel dado em garantia, algo que a Cetip já possibilita no financiamento de veículos.
Os executivos da Cetip não falam sobre a expectativa de receita com o sistema. Mas dizem que a conexão entre bancos e avaliadores é apenas a primeira parte do projeto imobiliário. Segundo Dagnoni, a companhia segue em contato com os cartórios para trabalhar em uma ferramenta que permita o registro eletrônico dos contratos de financiamentos.
O objetivo é facilitar o contato entre bancos e avaliadores, reduzindo o prazo de concessão do crédito. “Como o cliente costuma ter proposta em mais de um banco quando vai comprar um imóvel, a briga por tempo é muito importante”, afirma Roberto Dagnoni, vice-presidente da unidade de financiamentos da Cetip. A empresa espera reduzir pela metade o prazo da etapa de avaliação do imóvel, que hoje leva, em média, dez dias.
Na linha de produção do crédito imobiliário, o avaliador atua depois que o banco analisou o perfil do tomador e aprovou o empréstimo. Dado esse sinal verde, a instituição parte para a avaliação do imóvel dado como garantia, feita geralmente por profissionais terceirizados, autônomos ou de empresas especializadas. É nessa segunda fase que a Cetip atuará.
A avaliação da garantia é um ponto crítico no financiamento imobiliário. Primeiro, porque determina se o imóvel está dentro do limite de R$ 500 mil para que os bancos emprestem com recursos captados na poupança. Segundo, como o empréstimo é de longo prazo e de tíquete alto, flutuações no valor da garantia podem mudar o risco da operação. Se o imóvel valorizar, por exemplo, o crédito fica mais seguro.
A escolha da Cetip por atuar na fase de avaliação não foi casual. “Trata-se de uma etapa rica em dados, quando aproximadamente 300 campos de informação sobre o imóvel são preenchidos”, diz Mauro Negrete, diretor-executivo de operações e tecnologia da companhia. Como o processo de avaliação exige geralmente a comparação entre o imóvel avaliado e outros similares, a Cetip espera rapidamente criar um banco de dados de avaliações. Algo que poderia ser usado para corrigir erros de avaliadores e criar índices de preços.
Atualmente, embora exista uma padronização mínima, o procedimento de avaliação de imóveis varia muito de banco para banco. A comunicação entre instituições e avaliadores é feita de diversas formas, de e-mails a relatórios em papel, o que dificulta a recuperação dos documentos. Cada avaliação custa, em média, R$ 400, apurou o Valor com um banco.
A entrada da Cetip na área imobiliária é esperada desde a aquisição da GRV, empresa responsável pelo registro de restrições financeiras (gravames) de veículos financiados, no fim de 2010. Em outubro do ano passado, veio a parceria com a FNC, fornecedora de tecnologia para o setor imobiliário nos Estados Unidos. Lá, a FNC processa mensalmente cerca de 450 mil avaliações de crédito, o equivalente ao total de imóveis financiados em um ano no Brasil.
O projeto de atuação na área de financiamento imobiliário ganhou ainda mais apelo a partir da Resolução nº 4088 do Conselho Monetário Nacional (CMN), editada em maio, ainda sem regulamentação. A norma determina que todos os bancos serão obrigados a registrar os contratos de financiamentos de imóveis em um sistema autorizado pelo BC. A expectativa é que o cruzamento dos dados dos contratos de financiamentos e das avaliações permitam aos bancos obter, a qualquer momento, a relação entre o valor do crédito e do imóvel dado em garantia, algo que a Cetip já possibilita no financiamento de veículos.
Os executivos da Cetip não falam sobre a expectativa de receita com o sistema. Mas dizem que a conexão entre bancos e avaliadores é apenas a primeira parte do projeto imobiliário. Segundo Dagnoni, a companhia segue em contato com os cartórios para trabalhar em uma ferramenta que permita o registro eletrônico dos contratos de financiamentos.
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