Infelizmente não tem como se dizer feliz depois de presenciarmos o fracasso da seleção brasileira de futebol. Foi inesperado ver o sonho de um hexa em nossos gramados sucumbir com uma derrota por 7X1 frente a Alemanha na semifinal, há apenas dois passos do êxito.
Só nos resta tirar desta derrota pontos de reflexão no intuito de aprendermos com esta rica lição. O que falhou? O que faltou ou o que sobrou? Como profissionais deste altíssimo nível puderam sucumbir de uma maneira tão trágica e inesperada?
Longe de mim ser profeta do passado e vir aqui dizer que eu já sabia da tragédia. Nem o mais otimista torcedor, ou vidente alemão, poderia profetizar um fato como este se apresentou, mas o insucesso nos gramados já poderia ser esperado diante das seguintes situações nas quais somos profundos conhecedores:
FALTA DE ADEQUADO PLANEJAMENTO
A Seleção alemã vem se preparando especialmente para esta COPA há seis anos. Havia uma estratégia de preparação do time e comissão técnica a vir para uma copa a ser realizada no país tido como o “País do futebol”. Por outro lado a Seleção Brasileira se vangloriava de ser a única penta campeã do mundo contando com renomados jogadores e a copa, em seus campos, seria uma obrigação de todos. Se houve um planejamento, com certeza, este foi feito amadoristicamente subestimando a força dos seus concorrentes e considerando a copa como ganha antes mesmo do final.
FALTA DE COESÃO DO GRUPO
A seleção Alemã jogava no famoso tique-taque onde cada um sabia da importância do seu papel individual e para o grupo. Por outro lado a seleção brasileira havia se preparado para mostrar ao mundo um único nome. Era claro que a atuação não era para o todo e sim para servir apenas uma engrenagem de um todo chamado seleção.
FALTA DE UM PLANO DE CONTINGÊNCIA
Faltou um plano de contingência. A seleção Alemã estava tranquila preparada para enfrentar e vencer os donos da casa numa semifinal de copa. Podiam enfrentar qualquer um, especialmente a seleção dona da casa. Por outro lado a seleção brasileira se viu perdida sem seu líder maior em campo Tiago Silva e sem sua referência de ataque Neymar, que nada poderia fazer frente a superioridade e organização da equipe alemã.
QUALIDADE DA LIDERANÇA
Joachim Löw, técnico da Alemanha, está na posição há 8 anos. Participou do planejamento, treinamento e se prepara especialmente para esta Copa há seis anos com o grupo. Mérito e competência num passado recente foram o seu passaporte para estar nesta posição. Por outro lado nosso líder maior FELIPÃO colecionava fracassos com a seleção portuguesa e Chelsea, uma passagem inexpressiva pelo futebol do Uzbequistão e um fracasso no campeonato brasileiro quando estava à frente de um grande time que acabou sendo rebaixado, o Palmeiras.
FALTA DE TREINAMENTO
Enquanto a seleção Alemã se apresentou com 7 jogadores que atuam no mesmo time e se preparam há seis anos, a brasileira se apresentou em campo com uma formação cujo conjunto nem em treinamentos havia sido testada. Nem mesmo nos dias que antecederam o fatigo jogo treinou-se com o conjunto do time que iniciou a partida como titular. Uma estratégia totalmente equivocada.
Enfim, predominou o clima do “já ganhou” ou a “taça já é nossa” e faltou mérito e razões para alguns dos convocados. Espero que que estes e outros pontos de reflexão tirados deste fato, contribuam para abrir os olhos dos empreendedores e empresários brasileiros dando-lhes a chance de acertar o rumo de suas empresas para o sucesso, que nada mais é do que o resultado da dedicação, comprometimento e competência de um Grupo envolvido com uma causa única, O SEU NEGÓCIO.
Silvio Silva
Executivo Financeiro, Controller
Diretor de novos negócios na Consult Audi Consultor de Gestão