Por Graziella Valenti | De São Paulo – 16/10/2013 às 00h00
A BM&FBovespa vai passar a controlar a distribuição das companhias nos níveis de governança conforme o tamanho das ofertas de ações. A ideia é reestruturar os ambientes, daqui para frente, para fomentar o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado de capitais.
A bolsa também já prepara a criação de um novo segmento de listagem, chamado “Potencial”, para companhias que não tenham registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Seriam ações compradas e negociadas apenas por investidores superqualificados, ou seja, com um mínimo de R$ 1 milhão aplicado no mercado. Esse espaço, entretanto, depende ainda da regulamentação equivalente da CVM.
No passado, qualquer empresa de qualquer tamanho poderia listar ações no Novo Mercado. Agora, a BM&FBovespa está propondo parâmetros para serem discutidos.
Em 2005, por exemplo, a Renar Maçãs listou suas ações no Novo Mercado com uma oferta de R$ 16 milhões – a menor já realizada desde a retomada do mercado de capitais.
Com a maturidade do mercado, o corte mínimo deve ser bastante superior do que a captação da Renar. A bolsa sugere que apenas ofertas iniciais entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões possam ser feitas no chamado espaço “premium”, Novo Mercado e Nível 2.
Todas as sugestões da BM&FBovespa ainda terão de ser validadas pelas companhias já listadas nos níveis de governança e no Bovespa Mais. A expectativa, segundo Cristiana Pereira, diretora de desenvolvimento de empresas, é que as mudanças estejam completas até o fim do ano, após a fase de audiência restrita com as empresas. Assim, o funcionamento das faixas para as ofertas poderiam ser testadas já no início de 2014. A norma valerá apenas para as novas empresas, e não para as já listadas.
“Vamos discutir na audiência a melhor faixa para o piso das ofertas. Mas o mercado já tem praticado um mínimo de R$ 500 milhões”, disse Cristiana Pereira.
Com isso, qualquer colocação inicial abaixo desse valor será naturalmente direcionada ao Bovespa Mais, mercado de acesso criado em 2005, mas que ainda não deslanchou. A primeira oferta ocorreu em 2008, com a Nuriplant, que captou R$ 20 milhões. Atualmente, reúne seis companhias. “São medidas de liquidez, sem juízo de valor sobre a qualidade da governança corporativa das companhias”, explicou a executiva.
A BM&FBovespa vem trabalhando há alguns anos no diagnóstico das travas ao desenvolvimento do mercado de pequenas e médias. A bolsa tem 200 companhias mapeadas como potenciais.
O objetivo é replicar para esse universo o efeito do Novo Mercado, que trouxe 141 novas companhias para o pregão paulista entre 2004 e 2012, que captaram mais de R$ 135 bilhões por meio de ofertas de ações. Nesse mesmo intervalo, empresas já listadas levantaram outros R$ 250 bilhões.
A exigência da fatia mínima do capital em circulação no mercado – hoje de 25% – também será flexibilizada. Quando o capital disperso em bolsa tiver valor mínimo de R$ 3 bilhões, esse percentual cai para 20%, e quando alcançar R$ 5 bilhões, para 15%.
Outra iniciativa dentro dessa reestruturação é a criação do Nível 2 do Bovespa Mais, onde serão aceitas ações preferenciais. “Percebemos nesse tempo que é importante para o fundador não diluir sua posição de controle nesse estágio do negócio”, explicou Cristiana, referindo-se a um estágio de expansão para empresas que ainda seriam de pequeno e médio porte.
Essas medidas são resultado da discussão do batizado comitê técnico de ofertas menores, criado pela bolsa para discutir o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado de capitais. No ano passado, um grupo coordenado pela BM&FBovespa visitou Inglaterra, Polônia, Espanha, Canadá, Austrália, Coreia do Sul e China para entender como esses países lidam com o acesso das pequenas e médias companhias ao mercado.
A bolsa também já prepara a criação de um novo segmento de listagem, chamado “Potencial”, para companhias que não tenham registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Seriam ações compradas e negociadas apenas por investidores superqualificados, ou seja, com um mínimo de R$ 1 milhão aplicado no mercado. Esse espaço, entretanto, depende ainda da regulamentação equivalente da CVM.
No passado, qualquer empresa de qualquer tamanho poderia listar ações no Novo Mercado. Agora, a BM&FBovespa está propondo parâmetros para serem discutidos.
Em 2005, por exemplo, a Renar Maçãs listou suas ações no Novo Mercado com uma oferta de R$ 16 milhões – a menor já realizada desde a retomada do mercado de capitais.
Com a maturidade do mercado, o corte mínimo deve ser bastante superior do que a captação da Renar. A bolsa sugere que apenas ofertas iniciais entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões possam ser feitas no chamado espaço “premium”, Novo Mercado e Nível 2.
Todas as sugestões da BM&FBovespa ainda terão de ser validadas pelas companhias já listadas nos níveis de governança e no Bovespa Mais. A expectativa, segundo Cristiana Pereira, diretora de desenvolvimento de empresas, é que as mudanças estejam completas até o fim do ano, após a fase de audiência restrita com as empresas. Assim, o funcionamento das faixas para as ofertas poderiam ser testadas já no início de 2014. A norma valerá apenas para as novas empresas, e não para as já listadas.
“Vamos discutir na audiência a melhor faixa para o piso das ofertas. Mas o mercado já tem praticado um mínimo de R$ 500 milhões”, disse Cristiana Pereira.
Com isso, qualquer colocação inicial abaixo desse valor será naturalmente direcionada ao Bovespa Mais, mercado de acesso criado em 2005, mas que ainda não deslanchou. A primeira oferta ocorreu em 2008, com a Nuriplant, que captou R$ 20 milhões. Atualmente, reúne seis companhias. “São medidas de liquidez, sem juízo de valor sobre a qualidade da governança corporativa das companhias”, explicou a executiva.
A BM&FBovespa vem trabalhando há alguns anos no diagnóstico das travas ao desenvolvimento do mercado de pequenas e médias. A bolsa tem 200 companhias mapeadas como potenciais.
O objetivo é replicar para esse universo o efeito do Novo Mercado, que trouxe 141 novas companhias para o pregão paulista entre 2004 e 2012, que captaram mais de R$ 135 bilhões por meio de ofertas de ações. Nesse mesmo intervalo, empresas já listadas levantaram outros R$ 250 bilhões.
A exigência da fatia mínima do capital em circulação no mercado – hoje de 25% – também será flexibilizada. Quando o capital disperso em bolsa tiver valor mínimo de R$ 3 bilhões, esse percentual cai para 20%, e quando alcançar R$ 5 bilhões, para 15%.
Outra iniciativa dentro dessa reestruturação é a criação do Nível 2 do Bovespa Mais, onde serão aceitas ações preferenciais. “Percebemos nesse tempo que é importante para o fundador não diluir sua posição de controle nesse estágio do negócio”, explicou Cristiana, referindo-se a um estágio de expansão para empresas que ainda seriam de pequeno e médio porte.
Essas medidas são resultado da discussão do batizado comitê técnico de ofertas menores, criado pela bolsa para discutir o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado de capitais. No ano passado, um grupo coordenado pela BM&FBovespa visitou Inglaterra, Polônia, Espanha, Canadá, Austrália, Coreia do Sul e China para entender como esses países lidam com o acesso das pequenas e médias companhias ao mercado.
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